quarta-feira, 20 de julho de 2016

Pollyanna - Eleanor H. Porter


"Pollyanna é uma história sobre o amor, a amizade e, sobretudo, sobre o surpreendente poder de transformação que as crianças e os adolescentes podem ter sem que percebam. Uma otimista incurável, Pollyanna não aceita justificativas para a tristeza e dedica-se com afinco a ensinar a todos o caminho de superação das adversidades. A obra é um clássico da literatura infantojuvenil. Escrita em 1912, foi inicialmente publicada em capítulos no jornal Christian Herald, de Boston. Ganhou forma de livro em 1913 e de imediato tornou-se um best-seller. Traduzida em quase todas as línguas, nunca mais parou de ser lida. Levada às telas pela primeira vez em 1920, foi refilmada muitas vezes, inclusive pelos estúdios Disney."

Como estou contente por ter lido este livro!

Eleanor nos conta a história de Pollyanna, uma garotinha muito surpreendente de 11 anos, que leva uma vida simples e feliz, e com a sua alegria consegue encantar a todos que estão a sua volta. Órfã de pai e mãe, a menina vai morar com sua tia, irmã de sua mãe, Miss Polly, que tem um temperamento um tanto amargo, mas, como faz parte de sua obrigação familiar aceitar a sobrinha que está desamparada, ela recebe a garota em sua casa tentando não reclamar da situação.

Pollyanna se mostra uma garota extraordinária, e, com o seu jogo do contente, a menina consegue se aproximar de todas as pessoas da cidade, e, de uma forma ou de outra, transforma cada um que vive naquele lugar. Mas deixe-me contar um pouquinho como tudo começou (prometo que não terá spoiler).

Pollyanna e seu pai, que era um missionário, sobreviviam com barris de doações, e, certa vez, a menina desejou ganhar uma boneca para que ela pudesse brincar, e, logo que as doações chegaram, ela foi correndo para ver se tinham mandado sua tão esperada boneca, mas, quando abriu os barris, encontrou apenas um par de muletas. Logicamente ficou triste e chateada, mas seu pai, muito sábio, disse que ali havia uma oportunidade para que ficasse feliz, mesmo ela não enxergando, então o missionário disse que deveria ficar contente por não precisar usar as muletas, e assim começou o jogo do contente, que se resumia em achar um motivo para ficar contente em todas as situações (até aquelas que parecem não existir maneira de ficar contente).

Desde então Pollyanna decidiu ser feliz. Mesmo após a morte de seus pais, não tinha nada que a fizesse triste, e isso salvou a sua vida (e a de muita gente), e salva a gente que lê também, pois você não consegue mais olhar para as situações da mesma maneira que antes, pois em tudo você vê um motivo para ser feliz e a não reclamar mais da vida que tem.

Em certo momento, Pollyanna compartilha conosco sobre os textos que alegram, que são, nada mais, nada menos que, todos os versículos da Bíblia que começam com "Deem graças ao Senhor", "Rejubilem-se", "Gritem de alegria" e coisas parecidas, existem no total de 800, segundo o livro. E a garota nos propõe a meditar nesses versículos todas as vezes que estivermos tristes ou desanimados com a vida, afinal existem "textos que alegram" suficientes para sermos felizes todos os dias do ano.

Tia Polly pode pensar que Pollyanna é um fardo para sua vida, mas a garota tem uma presença tão especial que se faz indispensável na vida de todos que a conhecem. Acontecem muitas coisas agradáveis e algumas desagradáveis no decorrer da trama, e, de vez em quando, a gente nem entende o motivo das coisas acontecerem com Pollyanna, mas em tudo a garota nos ensina uma lição de moral que acredito que me lembrarei até quando estiver bem velhinha...


Título: Pollyanna
Autora: Eleanor H. Porter
Tradução: Luiz Fernando Martins
Editora: Martin Claret
ISBN: 9788572327336
Número de Páginas: 182
Ano: 2012

Originalmente postado no Blog Claquete Literária.

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